sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

A Ditadura da Religião

Religião é uma idealização equivocada, um capricho doentio, uma carência afetiva insaciável, um sadomasoquismo disfarçado de outra coisa muito pior, um mal desnecessário, um estado constante de rebelião em relação a DEUS, um flerte histórico “politicamente correto”, um mecanismo de defesa instintual primitivo, um código comportamental fixo, um mundo de aplicabilidades estéticas, uma lorota bem-vinda, porém, extremamente respeitada.

Tudo porque, de fato, o que Dela se produz, além das crendices e culturas apropriadas ao ambiente febril que lhe é peculiar, são as máscaras plásticas da ilusão e da fachada moral repressora. Num certo sentido, em linhas gerais, isto explica a manifestação sangrenta de tantas crueldades, loucuras, surtos, neuroses, suicídios, bacanais, depressões emocionais, guerras, conflitos, desamores, ateísmos e muita maldade feita em nome de uma suposta divindade intitulada : “deus”.
Mesmo assim, as chamas deste vil fogareiro do inferno da lógica e da razão humanas, continuam cada vez mais vivas, devorando sem piedade aqueles que se viciaram nos credos, dogmas, doutrinações, hierarquias, sacerdotes, teologismos, manipulações, liturgias, sistematizações, decretos infalíveis do imediato, alienações sectárias, fórmulas empíricas, determinismos ocos, fanatismos desvairados e de alguns outros mitos flutuantes no mundo cujo espírito prevalecente gravite em torno de questões como estas. O negócio é tão perversamente amalucado que se o teor das opiniões defendidas vierem imantadas com a unção da política religiosa dominante, pode-se matar, odiar, excluir, banir, maquiar, perseguir, aterrorizar, espoliar e dizimar a qualquer um que ousar apenas pensar diferente.

Não tenho dúvida, a religião é a maconha, a cocaína, a heroína, o LSD, o crack, a droga sintética, ludibriadoras, do povo. Dependendo do lugar, a dependência é maior ou menor. Destrói depressa ou vai adiando o trágico fim. Mais o torpor mental adquirido é sempre o mesmo. Como, então, deve de se dar a relação HOMEM-DEUS ou DEUS-HOMEM ? Muito fácil . Pegue a PALAVRA DO EVANGELHO e PRATIQUE-A no chão da vida todos os dias , enquanto se vai no caminho e verificar-se-á que sem médiuns e sem arrazoados requintados, principalmente nas câmaras mais profundas do coração, que DEUS É ESPÍRITO e importa que seus adoradores o adorem em espírito e em verdade ( se não for assim é mentira ) ; que só há UM mediador entre DEUS e os homens: JESUS CRISTO, homem; que ELE é o CAMINHO, a VERDADE e a VIDA; que DEUS estava em CRISTO reconciliando consigo mesmo os homens, por uma razão única: Porque pela GRAÇA é que somos salvos, mediante a fé, e isto não vem de nós, é dom de DEUS; não vem das obras para que ninguém se glorie. JESUS DISSE: Vinde a mim , todos vós que estais cansados e sobrecarregados (também com a “ditadura da religião”) e EU vos aliviarei, tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim que SOU manso e humilde de coração, e achareis descanso para as vossas almas. Pois o MEU jugo é suave e o MEU fardo é leve .

Marcelo Louzada - ESTAÇÃO CAMINHO DA GRAÇA - RIO DAS OSTRAS - RJ

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Precisamos ?!




NÃO PRECISAMOS DE MAIS UM FERIADO RELIGIOSO EM NOSSO PAÍS. Precisamos sim, fazer de cada dia, dia de serviço à Deus e às pessoas. 

NÃO PRECISAMOS SER O MAIOR PAÍS EVANGÉLICO DO MUNDO.Precisamos sim, ser um país justo que valorize às pessoas de um modo que a imagem e semelhança do Criador seja restaurada em cada cidadão brasileiro. 

NÃO PRECISAMOS DE DECLARAÇÕES PROFÉTICAS. Precisamos sim, de pessoas que vivam de tal modo a FÉ CRISTÃ, que resulte em transformação da realidade brasileira. 

NÃO PRECISAMOS DE MARCHAS DE MILHÕES EM UM SÓ DIA. Precisamos sim, de milhões de pessoas em cada dia servindo com amor ao outro em todos os lugares deste país e do mundo. 

NÃO PRECISAMOD DE “MONTANHAS DE SAL” SOB HOLOFOTES. Precisamos sim, do sal diluído de um modo que desapareça entre milhões de pessoas, mas, que o resultado seja uma sociedade com sabor de dignidade. 

NÃO PRECISAMOS DECLARAR QUE JESUS É DONO DE ALGO. Precisamos sim, viver desejando ser tão parecido com Ele, que fique claro para todos que pertencemos a Ele.

NÃO PRECISAMOS DE COREOGRAFIAS SANTIFICADAS DE PALCO.
Precisamos sim, de gente que vive no chão da vida, sob quaisquer circunstancias, o evangelho e todas as suas implicações.

NÃO PRECISAMOS IMPACTAR PELAS ESTATÍSTICAS.
Precisamos sim, impactar pela solidariedade, que nos impulsione a radicalizar no amor, na graça, no perdão, no serviço ao outro.

NÃO PRECISAMOD DE CRENDICES, HAMULETAGENS, MANDINGAS EVANGÉLICAS.
Precisamos sim, de gestos de amor incondicional ao outro.

NÃO PRECISAMOS DE “GRANDES HOMENS DE DEUS”.
Precisamos sim, de seres humanos, pessoas, gente com cara de gente servindo no mundo.

NÃO PRECISAMOS DE “ESTRELAS” DA MIDIA NA MÍDIA.
Precisamos sim, de seres humanos, que sejam sal da terra incluídos na humanidade.

NÃO PRECISAMOS DE MESTRES DO VERBO.
Precisamos sim, de mestres/pastores que quando falam os simples entendem.


NÃO PRECISAMOS DE PROMOTORES DO EVANGELHO DOS EVANGÉLICOS.
Precisamos sim, de promotores do evangelho de Jesus de Nazaré.

NÃO PRECISAMOS DE DOUTORES DA LEI OU DOGMAS EVANGÉLICOS.
Precisamos sim, de doutores da alma humana.

NÃO PRECISAMOS DE ATIVISMOS OU ATIVISTAS RELIGIOSOS.
Precisamos sim, de servos servindo no anonimato às pessoas no mundo. 

NÃO PRECISAMOS DE AGENTES DO EGO HUMANO.
Precisamos sim, de agentes que se dobrem e lavem os pés dos feridos do mundo. Do que mais NÃO PRECISAMOS ???

O que de fato nós PRECISAMOS ???

Acrescente a esta lista os itens que você identificar após refletir sobre os movimentos evangélicos e religiosos que aconteceram hoje em nosso país.

Todos os itens que carreguem o espírito deste texto que você acrescentar à esta lista, divulgarei com responsabilidade.


Carlos Bregantim.

terça-feira, 8 de julho de 2008

O que você tá esperando ?!


Nossa tentativa é de experimentar, provar e viver o eterno Vinho Novo em Odres Novos!
Isso porque existem muitos Odres Antigos, que são só odres, são só ‘containers’, eles não fazem parte do conteúdo do Evangelho.

O Evangelho é o Vinho, o resto é apenas, generacional, tem a ver com o tempo, com a hora, com a ocasião. Só que nós, cristãos, acabamos institucionalizando o Odre, e o Odre ganhou uma importância tão grande, que a gente briga, mata e morre pelo Odre, mas não tem ninguém interessado com a qualidade do Vinho!

E se é assim, nós não estamos aqui para repetir os modelos de Odres que existem, mas estamos pedindo a Deus que não nos falte o conteúdo do Vinho Novo do Evangelho para pacificar o coração de cada um, em nome de Jesus.” Agora é com todo aquele que crê!
Não adianta brigar contra a Potestade da Religião. Ela se alimenta da briga contra ela. Sim!

O ódio a alimenta e a rejeição a fortalece em seus ódios. Assim, é deixá-la! Pois, a única coisa que pode ajudá-la é justamente o ser deixada só.

Quem ama o Senhor, que ame os irmãos; e que não fique reclamando da “igreja”, nem perdendo tempo com ela e sua brigas sem fim, mas, dedique-se a pastorear as ovelhas e cordeiros de Jesus, conforme Ele disse a Pedro que fizesse. Sim!

Quem ama o Senhor e Sua Palavra, reúna os parentes e amigos e comece a adorar a Deus com eles, estudando e crendo na Palavra, orando uns pelos outros, não se intrometendo nas vidas uns dos outros, mas também não permitindo abusos de uns para com os outros, posto que o Caminho é de Graça, Amor e Perdão; e não a espinhenta vereda da disputa, da supremacia e do abuso; posto que a Graça jamais será a Graxa dos descomprometidos.

Se alguém ouvir e crer; e levantar-se para a Vida em nome de Jesus, esse é membro da Doce Revolução. Ora, só não vê quem não quer. Pois a Figueira está dando todos os sinais de que o Verão está às portas.
Nele, que nos chama a nada que não transforme segundo o Evangelho.

Cáio Fábio D'araújo Filho

segunda-feira, 7 de julho de 2008

A Fonte da Água Viva!


Muitos rodeiam a fonte, mas poucos entram nela.

Disse Jesus: “...mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna” (João 4:14).

Muitos falam de Cristo e poucos convertem. Muitos dizem serem cristão, poucos conhecem a Cristo. Quem conhece é conhecido.
Muitos sabem que existe uma fonte de águas vivas, poucos bebem dessa água.
Este mesmo fenômeno, aliás, se repete no mundo inteiro: Quase todo o ocidente, europeu americano e America do Sul, se dizem cristão; muitos lêem os Evangelhos, fazem sermões, conferências e escrevem poesias sobre os ensinamentos de Jesus – mas quantos orientam a sua vida pelas grandes verdades de Cristo?

Quantos desistiram dos seus sonhos para realizar o sonho de Cristo?
Quantos renunciaram sua vontade para fazer a vontade de Cristo?
É fácil andar ao redor da fonte, espelhar-se em suas águas, contemplar a sua limpidez – sem beber uma gotinha das suas águas vivas. Difícil é descer ás profundezas da fonte, beber da sua vida e vitalizar com ela todos os setores da vida.

No diálogo com a samaritana, disse Jesus: “Se tu conhecesses o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva, e essa água se tornaria em ti uma fonte de águas vivas, jorrando para a vida eterna”.
No princípio, as águas parecem fluir de fora para dentro de nós; no fim, porém, verificamos que se formou dentro de nós mesmos uma fonte de águas vivas, que nós mesmos somos uma nascente – e então essas águas jorram de dentro para fora, beneficiando também os outros.

Ninguém pode ser beneficente antes de ser benevolente.
Ninguém pode fazer bem aos outros se não for bom em si mesmo.
Ninguém pode fazer transbordar as suas águas, se não tiver plenitude delas.
Ninguém pode dar o que não tem.
Somente a plenitude interna é que pode transbordar externamente.
Somente a consciência mística pode transbordar em vivência ética.
Quem não descer à profundeza da fonte, perde o seu tempo em rodear a fonte.


Por José Ribeiro (Tio Ribeiro) - Patos de Minas - MG

http://www.projetoresgatar.com.br/

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Gostosa simplicidade do Reino

Quem se ergue na ponta dos pés desejando se mostrar, não pode ficar por muito tempo nessa posição, pois logo cansará.

Quem abre demais as pernas não pode andar direito, assim como aquele que deseja abraçar o mundo com as pernas.

Quem se interpõe na luz não pode luzir, pois só projeta sombra.

Quem reivindica valor a si mesmo não é valorizado por ninguém.

Quem se julga importante acaba por não merecer importância.

Quem se louva a si mesmo não é grande, mas muito, muito pequeno.
Tais atitudes são detestáveis no Reino de Deus. Jesus disse que são abominação aos poderes celestes.

Assim, fuja também você de todas essas coisas, pois parecem inocentes, mas destroem o caminho da verdadeira vida.

Quem tem consciência da sua dignidade — que é ser veículo do amor de Deus — abstém-se de tais atitudes e atos, pois sabe que eles não combinam com os céus.
O caminho para diminuir alguém começa por primeiro engrandecê-lo. Por isto, os que querem abater alguém, primeiro bajulam-no e fortalecem-no.
 
Os maus sabem que para fazer cair alguém deve-se primeiro exaltá-lo.Os de bom coração, todavia, sabem que para receber algo, deve-se primeiro dá-lo.Tudo o que é bom nesta vida deve antes ser amadurecido pelo tempo e pelo amor. O homem fraco-flexível é mais forte que o forte e rígido, e que arrogantemente anda conforme sua própria força.Também fique sabendo o seguinte:

Quem vive nas profundezas do seu ser nem pensa em "virtuosidade", pois dele brotam espontaneamente as íntimas forças da vida.

Quem vive na superfície do existir não pode fazer brotar as forças profundas de dentro de seu ser.

Quem vive nos abismos angustiados da sua alma acaba por ignorar a bondade no seu agir.
Quem vive na superfície da sua alma age egoisticamente, visando fins externos.
O amor impele ao agir, mas não quer nada para si. O direito impele ao agir e, se não consegue o que quer, recorre à violência.
Por esta razão reconheça que quem não tem visão de Deus age por virtuosidade pessoal.
Mas quem conhece a Deus não tem virtuosidade própria, por isso age pelo amor e pela misericórdia.
 
Quem nem disto é capaz, obedece a ritos e tradições!
Mas a dependência de ritualismos é o menor grau da consciência. É mesmo o início da decadência.

Quem julga poder substituir pela inteligência a cultura do coração, se torna idiota, duro e insensato. Sendo assim, fica sabendo que o homem de Deus age por uma lei interna, e não por mandamentos externos. Bebe as águas da fonte, e não dos canais secundários. Sim, essa pessoa vai sempre à origem das coisas, e não se satisfaz com as águas trazidas por canais artificiais.Não há um versículo bíblico no que está dito, mas alguém pode negar que esse seja o espírito do Evangelho?

Quem pratica esse espírito em seu agir, ver e interpretar, esse encontra paz, e cada vez mergulha mais profundamente no conhecimento de Deus.

O Evangelho só realiza o seu benefício quando deixa de ser doutrina, e se torna espírito e vida.

O justo vive por esta fé!


 

Cáio Fábio.



segunda-feira, 5 de maio de 2008

A Doce Revolução do Evangelho !



Artigo 1 – Fica decretado que agora não há mais nenhuma condenação para quem está em Jesus, pois, o Espírito da Vida em Cristo, livra o homem de toda culpa para sempre.

Artigo 2 – Fica decretado que todos os dias da semana, inclusive os Sábados e Domingos, carregam consigo o amanhecer do Dia Chamado Hoje, por isso qualquer homem terá sempre mais valor que as obrigações de qualquer religião.

Artigo 3 – Fica decretado que a partir deste momento haverá videiras, e que seus vinhos podem ser bebidos; olivais, e que com seus azeites todos podem ser ungidos; mangueiras e mangas de todos os tipos, e que com elas todo homem pode se lambuzar.

Parágrafo do Momento: Todas as flores serão de esperança; pois que todas as cores, inclusive o preto, serão cores de esperança ante o olhar de quem souber apreciar. Nenhuma cor simbolizará mais o bem ou o mal, mas apenas seu próprio tom, pois, o que daí passar estará sempre no olhar de quem vê.

Artigo 4 – Fica decretado que o homem não julgará mais o homem, e que cada um respeitará seu próximo como o Rio Negro respeita suas diferenças com o Solimões, visto que com ele se encontra para correrem juntos o mesmo curso até o encontro com o Mar.

Parágrafo que nada pára: O homem dará liberdade ao homem assim como a águia dá liberdade para seu filhote voar.

Artigo 5 – Fica decretado que os homens estão livres e que nunca mais nenhum homem será diferente de outro homem por causa de qualquer Causa. Todas as mordaças serão transformadas em ataduras para que sejam curadas as feridas provocadas pela tirania do silencio. A alegria do homem será o prazer de ser quem é para Aquele que o fez, e para todo aquele que encontre em seu caminhar.

Artigo 6 – Fica ordenado, por mais tempo que o tempo possa medir, que todos os povos da Terra serão um só povo, e que todos trarão as oferendas da Gratidão para a Praça da Nova Jerusalém.

Artigo 7 – Pelas virtudes da Cruz fica estabelecido que mesmo o mais injusto dos homens que se arrependa de seus maus caminhos, terá acesso à Arvore da Vida, por suas folhas será curado, e dela se alimentará por toda a eternidade.

Artigo 8 – Está decretado que pela força da Ressurreição nunca mais nenhum homem apresentará a Deus a culpa de outro homem, rogando com ódio as bênçãos da maldição. Pois todo escrito de dívidas que havia contra o homem foi rasgado, e assustados para sempre ficaram os acusadores da maldade.

Parágrafo único: Cada um aprenderá a cuidar em paz de seu próprio coração.

Artigo 9 – Fica permanentemente esclarecido, com a Luz do Sol da Justiça, que somente Deus sabe o que se passa na alma de um homem. Portanto, cada consciência saiba de si mesma diante de Deus, pois para sempre todas as coisas são lícitas, e a sabedoria será sempre saber o que convém.

Artigo 10 – Fica avisado ao mundo que os únicos trajes que vestem bem o homem diante de Deus não são feitos com pano, mas com Sangue; e que os que se vestem com as Roupas do Sangue estão cobertos mesmo quando andam nus.

Parágrafo certo: A única nudez que será castigada será a da presunção daquele que se pensa por si mesmo vestido.

Artigo 11 – Fica para sempre discernido como verdade que nada é belo sem amor, e que o olhar de quem não ama jamais enxergará qualquer beleza em nenhum lugar, nem mesmo no Paraíso ou no fundo do Mar.

Artigo 12 – Está permanentemente decretado o convívio entre todos os seres, por isso, nada é feio, nem mesmo fazer amizades com gorilas ou chamar de minha amiga a sucuri dos igapós. Até a “comigo ninguém pode” está liberta para ser somente a bela planta que é.

Parágrafo da vida: Uma única coisa está para sempre proibida: tentar ser quem não se é.

Artigo 13 – Fica ordenado que nunca mais se oferecerá nenhuma Graça em troca de nada, e que o dinheiro perderá qualquer importância nos cultos do homem. Os gasofilácios se transformarão em baús de boas recordações; e todo dinheiro em circulação será passado com tanta leveza e bondade que a mão esquerda não ficará sabendo o que a direita fez com ele.

Artigo 14 – Fica estabelecido que todo aquele que mentir em nome de Deus vomitará suas próprias mentiras, e delas se alimentará como o camelo, até que decida apenas glorificar a Deus com a verdade do coração.

Artigo 15 – Nunca mais ninguém usará a frase “Deus pensa”, pois, de uma vez e para sempre, está estabelecido que o homem não sabe o que Deus pensa.

Artigo 16 – Estabelecido está que a Palavra de Deus não pode ser nem comprada e nem vendida, pois cada um aprenderá que a Palavra é livre como o Vento e poderosa como o Mar.

Artigo 17 – Permite-se para sempre que onde quer que dois ou três invoquem o Nome em harmonia, nesse lugar nasça uma Catedral, mesmo que esteja coberta pelas folhas de um bananal.

Artigo 18 – Fica proibido o uso do Nome de Jesus por qualquer homem que o faça para exercer poder sobre seu próximo; e que melhor que a insinceridade é o silencio. Daqui para frente nenhum homem dirá “o Senhor me falou para dizer isto a ti”, pois, Deus mesmo falará à consciência de cada um. Todos os homens e mulheres que crêem serão iguais, e ninguém jamais demandará do próximo submissão, mas apenas reconhecerá o seu direito de livremente ser e amar.

Artigo 19 – Fica permitido o delírio dos profetas e todas as utopias estão agora instituídas como a mais pura realidade.

Artigo 20 – Amém!

Caio e tantos quantos creiam que uma revolução não precisa ser sem poesia.

Amados, “nossa tentativa é de experimentar, provar e viver o eterno Vinho Novo em Odres Novos! Isso porque existem muitos Odres Antigos, que são só odres, são só ‘containers’, eles não fazem parte do conteúdo do Evangelho.

O Evangelho é o Vinho, o resto é apenas, generacional, tem a ver com o tempo, com a hora, com a ocasião. Só que nós, cristãos, acabamos institucionalizando o Odre, e o Odre ganhou uma importância tão grande, que a gente briga, mata e morre pelo Odre, mas não tem ninguém interessado com a qualidade do Vinho! E se é assim, nós não estamos aqui para repetir os modelos de Odres que existem, mas estamos pedindo a Deus que não nos falte o conteúdo do Vinho Novo do Evangelho para pacificar o coração de cada um, em nome de Jesus.”

Agora é com todo aquele que crê!
Não adianta brigar contra a Potestade da Religião. Ela se alimenta da briga contra ela. Sim! O ódio a alimenta e a rejeição a fortalece em seus ódios. Assim, é deixá-la! Pois, a única coisa que pode ajudá-la é justamente o ser deixada só.

Quem ama o Senhor, que ame os irmãos; e que não fique reclamando da “igreja”, nem perdendo tempo com ela e sua brigas sem fim, mas, dedique-se a pastorear as ovelhas e cordeiros de Jesus, conforme Ele disse a Pedro que fizesse.

Sim! Quem ama o Senhor e Sua Palavra, reúna os parentes e amigos e comece a adorar a Deus com eles, estudando e crendo na Palavra, orando uns pelos outros, não se intrometendo nas vidas uns dos outros, mas também não permitindo abusos de uns para com os outros, posto que o Caminho é de Graça, Amor e Perdão; e não a espinhenta vereda da disputa, da supremacia e do abuso; posto que a Graça jamais será a Graxa dos descomprometidos.

Se alguém ouvir e crer; e levantar-se para a Vida em nome de Jesus, esse é membro da Doce Revolução.

Ora, só não vê quem não quer. Pois a Figueira está dando todos os sinais de que o Verão está às portas.

Nele, que nos chama a nada que não transforme segundo o Evangelho.

sábado, 26 de abril de 2008

Clandestinidade e Subversividade Significantes !



Todos os dias, recebo noticias e testemunhos de cristãos que estão se reunindo, se encontrando fora dos chamados guetos evangélicos, católicos, ou fora do sistema religioso institucionalizado.

Há uma igreja clandestina crescendo.
Nas estatísticas oficiais, eles são designados de "os sem igreja".
Cristãos se encontrando informalmente para estudar e reler o Evangelho de Jesus.
Cristãos se reunindo para orar.
Cristãos se encontrando para desenvolverem projetos sociais.
Cristãos que se cansaram de defender as cores de suas denominações ou grupos religiosos, muitos, às vezes, sectários, radicais, inflexíveis.

Cristãos feridos pelo sistema religioso que estão encontrando cura no serviço cristão.
Cristãos se voluntariando em hospitais, asilos, creches, cadeias, favelas e em ONGS sérias que visam o bem da humanidade em todos os seus aspectos e necessidades.
Cristãos encontrando comunhão saudável em lugares os mais diversos.
Cristãos se envolvendo em causas justas, não importando quem as iniciou, isto é, de quem foi a idéia.
Cristãos cobeligerando em nome da paz, da justiça, do bem comum.
Cristãos sendo apenas cristãos e não religiosos.
Sabe-se que em países ainda repressivos, esta igreja clandestina, subversiva cresce.
Cresce nos porões e misturada no meio do povo e em ações comunitárias absolutamente relevantes. É impossível enumerar os cristãos que dizem estarem melhor fora dos seus guetos religiosos.

Confesso que noutros tempos isso me angustiava. Mas hoje, hoje não. Por conta do que se tornou o chamado "mercadoreligioso", hoje, confesso, prefiro ver o engajamento de muitos cristãos em movimentos comuns, de rua, de cortiços, das favelas, de sem terra e sem tetos.
Movimentos em favor da ética. Movimentos em favor da ecologia pensando no aquecimento global e no bem estar do mundo. Gosto de saber que há meninos e meninas se encontrando em lugares públicos para ler o Evangelho, orar e desenvolver amizades espirituais.
Gosto desta clandestinidade. Gosto desta subversidade. Gosto do sal diluído no meio da multidão. Gosto da luz em lugares que antes eram só trevas.

Hoje, quando ouço os reclamos do interminável contingente de pessoas, queixando-se dos males que estão sofrendo em seus sistemas religiosos, em seus guetos evangélicos, em seus modelos de espiritualidades, confesso, não consigo mais encorajá-los a ficar ali. Encorajo-os a encontrarem outros irmãos e se reunirem em algum lugar e ali celebrarem a fé, a amizade, o amor, a solidariedade, ler o Evangelho e buscar interpretá-lo e traduzi-lo pra vida. Não consigo, e nem quero mais participar de rodas em que o tema é os que estão explorando a boa fé de muitos. Cansei disto. Não tenho animo para insistir em denunciá-los.
Até porque, a imprensa já o faz diariamente, tal o tamanho deste quadro que chega ser trágico.
O ministério publico tem feito. Na verdade, a maioria das situações denunciadas são casos de policia e muitos estão sendo investigados, processados e presos. Acho que este é o caminho melhor, isto é, denunciá-los à justiça e deixar que esta os enquadre conforme as conclusões judiciais.
Penso que aos cristãos cabe apenas serem cristãos.
Quem disse que era pra ser assim? Qual a instituição religiosa que Jesus organizou?Segundo o que entendo no Evangelho, não há mais lugar santo, nem dia santo, nem púlpito santo, nem encontros santos. Não há mais o clero que intermediava entre o homem e Deus. O véu do templo se rasgou e não apenas nós podemos chegar lá, mas a Glória do Eterno vazou para nós.Creio nesta igreja clandestina, subversiva, invisível, diluída no meio das pessoas. Creio nestes encontros simples. Creio nestas reuniões extra-oficiais. Hoje, não há porque ficar aprisionado a um sistema religioso que sobrecarrega seus adeptos com cargas insuportáveis de dogmas, maldições, chantagens, coação, pressões psicológicas, que espalham o medo, o terror.
Minha palavra aos que reclamam disto, é: porque você continua lá? O que te prende? Deus não é. E se Deus não é, quem é? Ou é o poder de persuasão de homens e mulheres que exercem tal domínio sobre muitos ou é de outra origem que nem quero aqui citar. Quero fazer parte desta igreja que cresce na clandestinidade, na subversidade, no anonimato, no meio do povo. Quero fazer parte desta igreja que se espalha, se dilui, e, como água, penetra os lugares impenetráveis. Quero essa igreja, que não tem sede e nem utensílios caros e muito menos um clero ditando o que deve ou não ser feito. A resposta aos exploradores de almas e de bolsos será dada quando os cristãos deixarem de alimentá-los, sustentá-los, enriquecê-los, paparicá-los, louvá-los, exaltá-los, ovacioná-los.Parem de contribuir para seus projetos megalomaníacos de construir suas torres. Contribua com aqueles que, se você, seus filhos, seus pais e amigos estiverem num hospital, eles irão visitá-los. Contribua com os que visitam os presos em cadeias. Contribua com os que estão militando entre os necessitados e você sabe seus nomes, conhece suas famílias. Sabe onde moram. Pare de contribuir com os que estão construindo mansões. Pare de contribuir com os que vivem voando pelos ares em seus jatos particulares. Parem de contribuir com aqueles que têm motoristas particulares e carros importados pagos a preço de ouro e com as ofertas de gente simples. Pare de contribuir com aqueles que só usam roupas de marca. Contribua com os que estão aconselhando seus filhos pessoalmente. Conhece-os pelos nomes. Contribua com aqueles que você pode ligar de madrugada e eles os atendem. Contribua com aqueles que você sabe o numero do celular e quando você liga, eles atendem. Contribua com aqueles que lhes respondem os e-mails. Contribua com aqueles que te atendem em horas de desespero. Contribua com aqueles que foram nos funerais de seus familiares e choraram com você e sua família. Contribua com homens e mulheres que você já chegou perto e viu, testemunhou que são seres humanos normais. Não contribua com semi-deuses. Contribua com aqueles que você pode tratar pelo primeiro nome. Tenho pra mim que esta é a melhor forma de denunciar e destronar estes que vivem da miséria de tantos. Se você faz parte de um pequeno grupo, uma pequena comunidade onde você é tratado com dignidade, pelo nome e o que ali é ensinado e feito, todos sabem e nada esta debaixo dos tapetes, fique ai e contribua com seus recursos.

Não contribua pra manter programas de radio e televisão de ninguém, a não ser que você tenha absoluta certeza que seus recursos de fato estão sendo investidos de maneira correta. Contribua com aqueles a quem você tem acesso. Contribua com os que te ouvem. Contribua com os que te atendem. Contribua com gente que tem ouvidos e sensibilidade para com você e os seus próximos.É por isto que creio nesta igreja clandestina, subversiva, pois, ela pode não ser conhecida da mídia, mas, é conhecida nas ruas, nas favelas, nos guetos, nos hospitais, nos asilos, nas creches, nas escolas, nas cadeias, nas unidades da FEBEM, e em tantos outros lugares.
Oro pra que esta igreja cresça. Oro pra que milhares de pequenos grupos sejam constituídos.
Oro para que os movimentos, como o Caminho da Graça e outros, nunca se institucionalizem a ponto de se tornarem tão pesados que não consigam mais atender as pessoas. Oro, oro mesmo, pra que Jesus seja visto e conhecido em lugares simples, em encontros simples, no meio de gente simples e ali, Ele cure, restaure, reconcilie, reconstrua, salve, ressuscite, enfim, que Ele faça aquilo que só Ele pode fazer.
Creio nesta igreja.

Carlos Bregantim

Algo sobre o contexto da tatuagem ...

"Textos sem contextos são pretextos para alienações"


Bem, antes de falar acerca do assunto, falarei de mim e meu contexto.
Tenho um Studio em BH e sou piercer, estou totalmente inserido no mundo da tatuagem e do piercing. As tattoo’s e piercings que tenho foram feitas após a minha conversão e todas as tattoo’s têm um significado pra mim que denota a minha fé. Afirmar que o corpo é templo do Espírito Santo é uma verdade inquestionável, só que o referido texto (I Co 6:19) fala de prostituição, de profanar o templo de Deus com o pecado, e nenhuma alusão a qualquer coisa que lembre tatuagens, piercings, comer pimenta, e afins.

Acredito que Deus possa falar ao coração de uma pessoa acerca de tatuagens e piercing’s, com o propósito da mesma não fazer, ou até mesmo retirar as que têm, não duvido disto, porém não podemos esquecer que Deus trata com cada um de forma pessoal. Os planos d'Ele para a vida de uma determinada pessoa não são os mesmos para a minha, e ambos podemos fazer a vontade Dele. Com certeza, Deus não faz acepção de pessoas, e sendo assim, exatamente por este motivo, uma pessoa que tenha os itens relativos a este pequeno estudo, podem ser alcançadas pela mesma graça redentora. Rebeldia é algo muito mais complexo do que tatuagem e/ou piercing. Desrespeitar os pais, não amar seu próximo, julgar as pessoas pela aparência, com certeza é rebeldia.Bem antes da época de Jesus, piercing’s e tattoo’s já existiam (Gn 24:22 e 47). Se "pendente de nariz" não é uma perfuração, então não sei mais o que é.Poderemos ser a imagem de Jesus a partir do momento que vivermos o que ele viveu, cumprirmos seus designos e vontades, olhar as pessoas como Cristo olhou, sem preconceitos e verdades pessoais, mas cheio de bondade, amor e as "boas novas do evangelho". O que fazer? O que a Bíblia fala: Se sua consciência (cristã, é claro) te condena, não faça. Sou membro da Caverna de Adulão, um ministério Underground que trabalha TAMBÉM com pessoas que usam um visual diferente, tatuagens e piercings; pra mim, é uma questão cultural, é algo que gosto e que Deus nunca me cobrou.


PIERCINGS, EVANGELHO E CULTURA - Por Sandro Baggio:

Piercings estão cada vez mais comuns em nossos dias.
Algo que há menos uma década era olhado com reprovação e preconceito, é hoje visto em homens, mulheres, jovens e até crianças. Se a sociedade parece estar aceitando esses adereços cada vez com mais naturalidade, os cristãos parecem confusos a respeito. Afinal de contas, a questão da aparência ainda é assunto de grande discussão e controvérsia em muitos círculos evangélicos.A primeira coisa que precisamos ter em mente quando o assunto é aparência pessoal, é que se trata de algo que muda com o tempo e com o lugar. Usos e costumes estão diretamente ligados à cultura.Basicamente uma cultura é formada por três elementos: cosmovisão (a maneira como um povo vê o mundo), sistema de valores (o que é importante para aquele povo) e normas de conduta (o modo como um povo se comporta, e isso dizem respeito tanto à vestimenta, como ao modo de se relacionar com os outros, etc.).Culturas são diferentes de acordo com sua cosmovisão, valores e normas de conduta. Arrotar em público após uma refeição é totalmente aceitável (e até louvável) em certas culturas, e repugnante em outras. Uma mulher com os seios à mostra é normal em muitos países da África (onde a mesma mulher não pode exibir as pernas acima do tornozelo) enquanto que o mesmo é obsceno em outras partes do mundo. Beijar na boca em público é normal aqui no Brasil, mas pode levar alguém à cadeia em certos países islâmicos. Nestes mesmos países islâmicos, um homem não pode andar de mãos dadas com sua esposa, mas pode andar de mãos dadas com outro homem. No Ocidente tal prática evoca idéias de homossexualismo. E por aí vai. Todas essas coisas são formas de expressão cultural. Podem ser um insulto ou algo escandaloso para os de fora (que não fazem parte da cultura), mas não são necessariamente erradas para quem é daquela cultura.O fato é que nenhuma cultura é totalmente igual à outra e nenhuma cultura está acima da outra.

João viu no céu povos de todas as tribos, raças, línguas e nações (grupos étnicos). Todas as culturas possuem elementos que precisam ser valorizados e outros que precisam ser transformados pelo Evangelho. Sendo a aparência pessoal é uma questão de expressão cultural, esta aparência também muda de acordo com a cultura. Pinturas na face e no corpo estão presentes em diversas culturas. Na Polinésia, os nativos usam a tatuagem para escrever sua história familiar no corpo. A tatuagem e o piercing no umbigo eram comuns no Antigo Egito. Alguns povos usam piercing, brincos e outras formas de alteração do corpo (body modification ou simplesmente body modi).O problema é que o mundo está ficando pequeno. Estamos nos tornando cada vez mais uma aldeia global. Esta globalização faz com que certos costumes que antes só eram vistos em algumas culturas isoladas e lugares remotos da terra, comecem a se tornar moda em todo o mundo. A tatuagem de henna é um exemplo recente desta realidade.E quem são os responsáveis pelo lançamento da moda em nosso mundo? Os meios de comunicação em massa, que muitas vezes mostram artistas, músicos e cantores usando determinada roupa, adereço, estilos diferentes muitas vezes copiados por nós, ou porque não dizer, copiados de nós. Isto mesmo!!!Citando dois exemplo: Os Rapper’s americanos não inventaram um estilo de roupa e ornamentos, eles já existiam, porém foram popularizados pela mídia. A popularização de alguns costumes orientais no Ocidente teve forte influência dos Beatles, quando estavam em sua fase “Flower and Power”. Muitas das batas, camisões e pantalonas que vemos hoje em nossas ruas, praças, e até na igreja, foram uma influência direta da que é chamada a “maior banda de todos os tempos”, porém, são “politicamente aceitas” por muitas de nossas lideranças.A popularização do piercing foi em 1993 com o vídeo clipe "Cryin", do Aerosmith, onde Alicia Silverstone apareceu com um piercing no umbigo. Uma banda de rock, uma balada romântica, uma jovem atriz linda. Elementos essenciais para fazer a moda pop ou cultura pop, que nada mais é do que uma mistura de culturas e costumes do mundo pós-moderno.Leornard Sweet, professor metodista e um dos mais interessantes pensadores cristãos de nossa época, comenta sobre tatuagens e piercings em seu e-book recente "The Dawn Mistaken For Dusk". Ele diz que, a razão pela qual "body modi" é o assunto nº.1 nas listas de discussões e bate-papos de jovens cristãos com menos de 30 anos nos EUA, é pelo fato disto fazer parte da cultura jovem pós-moderna atual (e quase global), uma cultura onde a imagem é altamente valorizada.
A ironia disso tudo é que cirurgias plásticas e implante de silicone são coisas cada vez mais aceitas pelos cristãos modernos. Tem personalidades famosas do mundo evangélico brasileiro com o corpo siliconado.

Todavia, como diz Sweet, "Cirurgia plástica é uma forma severa de alteração do corpo. Isto é aceito, mas brincos e tatuagens, não são?”.Na Bíblia lemos à história de Isaque que deu a Rebeca uma argola de seis gramas de ouro para ser colocada no nariz (piercing) e, após fazer isto, ajoelhou-se para adorar a Deus. Penso que se o primeiro ato fosse pecado ou considerado pagão, então Isaque não teria adorado a Deus em seguida.No livro de Êxodo, percebemos que as mulheres dos hebreus usavam brincos e argolas, os quais foram oferecidos como oferta dedicada ao Senhor para a construção do Tabernáculo. Novamente, não penso que Deus aceitaria de seu povo ofertas que representassem costumes pagãos.O texto mais intrigante para mim se encontra em Ez 16.11-12: “Também te adornei com enfeites, e te pus braceletes nas mãos e colar à roda do teu pescoço. Coloquei-te um pendente no nariz, arrecadas nas orelhas, e linda coroa na cabeça” (ARA), onde o próprio Deus diz que adornou Jerusalém com jóias, pulseiras, colares, argolas para o nariz e brincos para as orelhas. Ao que parece, tais adornos não eram uma ofensa ao Senhor.Uma vez que a Bíblia parece não condenar o uso de piercing, por que deveríamos nós?Nosso desafio não é condenar, mas orientar as pessoas (principalmente os jovens) para os riscos que existem em fazer estas coisas sem uma orientação profissional e cuidados de higiene e saúde. A pessoa está consciente dos riscos de inflamação, doenças contagiosas e "efeitos colaterais" diante da sociedade? Está consciente de que algumas alterações são irreversíveis e, mesmo diante da possibilidade de reversão, podem deixar marcas para o resto da vida? Mais ainda, precisamos falar sobre questões de identidade, valor pessoal e auto-imagem. Pois são estas as questões mais importantes para quem está considerando qualquer forma de alteração do corpo, seja uma plástica no nariz, implantar silicone, colocar um piercing ou fazer uma tatuagem.


TATUAGEM, EXEGÊSE E HERMENÊUTICA:

Podemos perceber que a palavra tatuagem tem sido muitas vezes tratada de forma repugnante no meio cristão, mas nem sempre é explicado o porque.
O propósito deste breve estudo é analisar a palavra utilizando o contexto em que ela foi empregado para assim, compreendermos o seu emprego nas Escrituras.

REFERÊNCIAS BÍBLICAS: Lv 19:27-28 – “Não farão calva na sua cabeça e não cortarão as extremidades da barba, nem ferirão sua carne. Santos serão ao seu Deus e não profanarão o nome do seu Deus, porque oferecem ofertas queimadas do SENHOR. Pelos mortos não dareis golpes na vossa carne; nem fareis marca alguma sobre vós. Eu sou o SENHOR.”Dt 14:1-2 – “Filhos sois do SENHOR, vosso Deus; não vos darei golpes, nem sobre a testa fareis calva por causa de algum morto”. Porque sois povo santo do SENHOR, vosso Deus, e o SENHOR vos escolheu de todos os povos que há sobre a face da terra, para lhe serdes seu povo próprio. ANÁLISE DOS VERSÍCULOS - Não ferireis a vossa carne. Essa é uma proibição contra as mutilações. Muitos povos pagãos lamentavam-se desse modo pelos mortos. Quem lamentava por um morto cortava-se como se fosse um sinal de consternação pela morte de um parente ou amigo, pensando que isso adicionava algo à sinceridade de sua lamentação. Tais atos eram estritamente proibidos em Israel. (Jr 16:6, 41:5; Lv 21:5 e Dt 14:21).- Nem fareis marca nenhuma sobre vós.

A tatuagem era praticada entre várias nações antigas, algumas vezes em conexão com as práticas da idolatria. Figuras, marcas ou letras eram tatuadas sobre a pele mediante a injeção de tintas na epiderme. Queimar com ferro em brasa era outra maneira de tatuar. Um escravo tinha a marca de seu proprietário impresso sobre ele; as prostitutas também eram assim marcadas; palavras sagradas eram tatuadas na pele dos adoradores pagãos.- Eu sou o Senhor.Essa forma, como aquela mais completa, “eu sou o Senhor teu Deus”, assinala divisões no livro de Levítico, o que acontece por dezesseis vezes, só neste capítulo dezenove de Levítico.Formar os cabelos em curva redonda nas têmporas e na barba, ou a incisão de padrões na pele faziam parte das práticas pagãs de luto, e, como tais, eram proibidas. Desfigurar a pele, que provavelmente incluísse alguns emblemas das divindades pagãs, desonrava a imagem divina de Deus. A perda de um ente querido devia ser aceita como parte da vontade de Deus para a vida do indivíduo, e nenhuma tentativa deveria ser feita para propiciar o falecido de qualquer maneira.


ANÁLISE LEXOGRÁFICA:

Esta palavra portuguesa vem do Taitiano “tatau”, a reduplicação da palavra “ta”, que significa “marca”, “sinal”. Está em foco, uma marca indelével, feita mediante técnicas próprias, picando a pele e inserindo algum pigmento sob a mesma. Embora, provavelmente, não haja nenhuma alusão direta à técnica da tatuagem nas páginas da Bíblia, essa tem sido considerada uma interpretação possível em três situações aludidas na Bíblia, a saber:1. Oth – sinalPalavra usada por setenta e nove vezes no Antigo Testamento, conforme se vê, por exemplo, em Gn. 1.14; 4.15; Ex. 4.8,9, 17, 28,30; Nm. 14.11; Dt. 4.34; 6.8,22; Js. 4.6; Jz. 6.17; I Sm. 2.34; II Rs. 19.29; Ne. 9.10; Sl. 74.4,9; Is. 7.11,14; 8.17; Jr. 10.2; Ez. 4.3; 20.12,20.O termo Grego correspondente é semeîon - sinal -, usado por quarenta e oito vezes, conforme se vê, por exemplo, em: Mt. 12.38; Lc. 2.12; Jô. 2.18; At. 2.19, 22, 43; Rm. 4.11; I Co. 1.22; II Co. 12.12; II Ts. 2.9; Hb. 2.4; Ap. 15.1.2. Chaqaq - gravação, cavar.Com esse sentido, é usada por duas vezes: Is. 22.16 e 49.16. Na última dessas referências, a idéia é que, gravando os nomes de Seu povo em Sua mão, jamais se esqueceria deles.3.Seret - incisão, corte.Essa palavra só aparece em Lv. 19.28, onde se lê: “Pelos mortos não ferireis a vossa carne; nem fareis marca alguma sobre vós. Eu sou o SENHOR”. O termo Seret é traduzido ali como ferireis. Isto pode até parecer uma clara proibição do uso de tatuagens, entre os judeus.
Alguns tem pensado que o trecho de Lv 19.28, sem dúvida, alude à prática da tatuagem.
Mas, embora algumas versões estrangeiras tenham traduzido o vocábulo hebraico seret, ali usado, como tatuar, os estudos feitos quanto aos costumes de lamentação e luto pelos mortos indicam freqüentes associações de cortes feitos no corpo ou pinturas, com o raspar dos cabelos, mas nunca com tatuagens, que se revestem de outro sentido. Por semelhante modo, qualquer situação retratada nas Escrituras que possa ser interpretada como indício da prática das tatuagens tem base meramente conjetural, e não se escuda sobre qualquer inferência etimológica ou etnológica.


CONCLUSÃO:

Nos comentários das Bíblias de Estudo de Genebra e Plenitude, apenas relatam o fato de não marcarem o corpo com mutilações por causa dos mortos, não referindo diretamente à prática de Tatuagem.Contudo observando historicamente as práticas de outras nações, o povo de Israel é advertido a não praticar tais atos para que não fossem confundidos, e por tais atos estarem diretamente ligados à idolatria e à prostituição.No âmbito geral da situação, percebemos que isso era uma prática cultural, não transcendendo, em alguns casos, aos dias de hoje.É importante lembrar, que não devemos ser escândalo para nossos irmãos:Rm 14:13 - “Portanto não nos julguemos mais uns aos outros; antes o seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao vosso irmão”.II Co 6: 3 - “... não dando nós nenhum motivo de escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado”.

A prática da tatuagem nos dias de hoje tem sido uma forma de expressão por parte de muitos jovens. Ao contrário dos tempos em que Israel foi advertido, a tatuagem hoje tem um sentido bem diferente. Isso não isenta algumas culturas de praticarem o ato como forma de idolatria, mas no Brasil o sentido tem sido apenas uma forma de expressão.Meu comentário pessoal e crítico sobre o assunto é que a tatuagem não impede a pessoa de ter um relacionamento intimo com o Senhor, porém deve-se observar alguns pontos antes de se fazer uma tatuagem.Devemos antes de tudo preservar a santidade, no que se diz respeito ao corpo e o fato de que podemos estar servindo de motivo de escândalo e zombaria de outrem.Todas as palavras acima também são cabíveis ao uso de Body Piercing, Cirurgias Plásticas, Lipoaspirações e qualquer tipo de dilaceração do corpo que não seja necessário à saúde. Sendo assim, toda forma de dilaceração que não há envolvimento com os rituais pagãos não se encaixam em Lv. 19:28 - Texto esse que muitos tomam como base para proibirem a tatuagem.Apenas um pequeno comentário acerca de um erro de exegese ocorrido por quem defende o uso de tatuagens, mostrando assim que uma tradução mal feita do texto da margem para erros de ambas as partes:Apocalipse 19:16: “No manto, sobre a sua coxa tem escrito o nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores.”Em algumas versões, o termo “escrito o nome” é trocado por tatuado.Vamos quebrar a frase:Sintaticamente, temos o seguinte:- Sujeito da Frase: Coxa- Objeto Direto da Frase: Nome- Vocativo referente ao sujeito: No MantoPor definição temos que vocativo é:"...É uma referência à 2ª pessoa, um apelo, um chamado, e é usado para o nome que identifica a pessoa (animal, objeto etc.) a quem se dirige e/ou ocasionalmente os determinantes de tal nome. Uma expressão vocativa é uma expressão de referência direta, em que a identidade da parte a quem se fala é expressamente declarada dentro de uma oração..." (retirado do Wikipedia)Portanto, o que quer dizer na frase não é que o nome esteja tatuado na coxa, mas sim escrito no Manto na altura da coxa.Vamos ao original em Latim:19:16 - et habet in vestimento et in femore suo scriptum rex regum et Dominus dominantium.Ressalto que o verbo empregado é SCRIPTUM, ou seja, escrito!!! Para que seja tatuado, o verbo a ser utilizado deveria ser PINGERE, ou seja:19:16 - et habet in vestimento et in femore suo pingerum rex regum et Dominus dominantium.Em Grego temos:19:16 - kai ecei epi to imation kai epi ton mhron autou to onoma graphammenon basileuV basilewn kai kurioV kuriwn.

O verbo “escrever” em grego é: graphon; já o verbo “tatuar” em grego é: prosanagrapheia.


O QUE É ESCANDALIZAR ? 

Alguns preferem adotar uma postura mais defensiva sobre o assunto sem se aprofundar demais em debates, dizendo que tais adereços devem na verdade ser evitados porque são "escândalo".Não devemos "escandalizar". Mas o que é "escândalo"?
Jesus disse que "é impossível que não venham escândalos, mas ai do homem pelo qual eles vêm! Melhor fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e fosse atirado no mar, do que fazer tropeçar a um destes pequeninos." (Lucas 17:1,2). A conclusão lógica a que chegamos então é que se eu uso um visual diferente do resto da massa e alguém me vê e se "escandaliza" (no sentido que eles dão à palavra), então, de acordo com o versículo, seria melhor que alguém amarrasse uma pedra de moinho no meu pescoço e me jogasse no mar. Será isso que Jesus quis dizer? Creio que não. A palavra "escândalo" no grego é "skándalon" (de onde se derivou a palavra portuguesa escândalo) e significa tropeço ou armadilha, símbolo daquilo que incita ao pecado ou à perda da fé. Escândalo é todo ensino, palavra, obra ou omissão que incita o outro a pecar.


Um visual alternativo por si só não é escândalo no sentido bíblico do termo. Escândalo seria, em nosso caso, o exemplo citado anteriormente neste texto em que uma mulher é levada a usar um piercing no umbigo apenas por uma motivação luxuriosa. Agindo assim, ela voluntariamente poderia despertar em outras pessoas desejo sexual por estar expondo determinada parte de seu corpo, ou seja, poderia estar incitando alguém a pecar. De outra forma, não é escândalo.Particularmente, conheço muitas mulheres (não cristãs inclusive) que têm piercing no umbigo mas que nunca vi usando uma blusa que o expusesse; dizem que o usam simplesmente porque gostam. Não há problema algum nisso. Quando os setenta (ou 72, há dúvidas) tradutores do Velho Testamento para a língua grega (a Septuaginta), por ordem e encomenda de Ptolomeu II, encontraram um termo hebraico que se referia ao comportamento que levava a uma "queda" moral - o que não tinha exata tradução - socorreram-se da palavra grega clássica skandalon, "obstáculo", algo que causava um tropeço. Uma pedra no meio do caminho, por exemplo, era skandalon. Fossem paisagens tropicais, skandalon podia ser uma simples casca de banana.A palavra passou-se depois para a Bíblia latina, a Vulgata, onde se encontra, em várias passagens, a palavra scandalum. O sentido moderno de "escândalo" evoluiu, e não é mais só a causa de uma queda; é também o seu efeito público. Por outro lado: se dissermos ser salutar evitar um escândalo, soaremos... óbvios.Óbvio? Pois ÓBVIO é - na raiz - precisamente isso, "o obstáculo evitado", já que é formação latina de ob-, "em direção a" + viam, "caminho", estrada", donde o "óbvio" ser um caminho livre, é claro! [Francês medieval SCANDALE], "causa de pecado".


QUANTO À SENSUALIDADE E VAIDADE:

Bom, na grande maioria das vezes, o piercing, a tatuagem, a maquiagem, a cirurgia plástica tem caráter puramente estético. A sensualidade não está no piercing ou tatuagem que uma determinada pessoa possa estar usando, independente do lugar, mas está na pessoa. Existem pessoas tão "sem sal" que mesmo esta usando a roupa mais decotada do mundo, um piercing do tamanho de um puxador de cortina, ela continua "apagada". De contra partida, existem mulheres e homens, que independente de acessórios, chamam a atenção para si quase que naturalmente. Dentro de nosso contexto evangelical, acho que o melhor a se pensar é o porquê de você querer usar um piercing ou uma tatuagem, independente de qualquer outra coisa. Claro que as tatuagens que tenho e os piercings que coloquei estão ligados a não apenas meu estilo de vida, mas também a questões estéticas, o problema é deixar este lado tomar conta de você e te controlar.Uma pessoa que não usa "nada", pode ser muito mais vaidoso que eu, por exemplo (este "nada" acima esta diretamente ligado ao fato de não ter nenhuma tatuagem ou piercing, mas usar um terno "Armani", uma Gravata “Louis Vuitton”, uma caneta “Mont Blanc”, Cuecas “Christian Dior” ou mesmo um relógio “Tag Heuer”).Vaidade é tudo aquilo que toma o espaço de Deus em nossa vida, o vazio completado pelo vazio.Alguém pode aparentar ser “a pessoa mais humilde de mundo”, e usar desta sua "humildade" para se alto promover, mostrando as demais que é mais humilde que elas (soberba). Estranho, né??? Mas, infelizmente, real. Fiz esta ressalva, a fim de deixar claro o meu ponto de vista acerca da sensualidade. Em um site “Gospel” (porque protestante e/ou evangelical não é e nunca será...), li certa vez que para cada piercing que uma determinada pessoa aplica, a mesma consequentemente "abre brechas" para um determinado demônio atuar em sua vida: Nariz - significa “domínio”; Sobrancelhas – “aprisionamento da mente”; Orelhas “aprisionamento em áreas específicas”; Umbigo – “males digestivos”; Lábios – “domínio da fala”; Genitais – “prostituição”.

Será que os cravos colocados em nosso salvador abriram brechas para demônios no momento da crucificação??? Isto é ridículo, patético e sem nenhuma base hermenêutica nem exegética. Nada disto é mencionado na bíblia. Qual a fonte então??? Algum demônio disse, pois se está for à fonte, menos crédito devemos dar, pois é sabido de todos que ele é o "Pai da Mentira".

Entristece-me saber que a falta de sinceridade, de conhecimento teológico e em casos extremos, de caráter em alguns ministérios, faz com que mentiras sejam ensinadas a pessoas simples, única e simplesmente por medo de se perder o controle das mesmas que ali congregam ou de ser criticado por pessoas religiosas e cheias de si, mas com muito pouco de Deus...; e o pior, comprova a carência de bíblia e a falta de sabedoria de muitos evangelicalistas.


“Infeliz mente, coibir é mais fácil do que conscientizar”. hebreu



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS : CHAMPLIM, RUSSEL N. Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Ed. Hagnus. CHAMPLIM, RUSSEL N. Enciclopédia da Bíblia Teologia e Filosofia - Vol. 6-S/Z - Ed. Hagnus.BOYER, O.S. Pequena Enciclopédia Bíblica. Vida. HARRISON, R.K. - Levítico - Introdução e Comentário - Ed. Mundo Cristão.MACHO, ALEJANDRO DIEZ; BARTINA, SEBASTIÁN - Enciclopédia de la Bíblia - Vol. 6-Q/Z - Ed. Garriga.YOUNG, BRAD H. - Comentário de Levítico - Bíblia de Estudo Plenitude.Vários Teólogos - Comentário de Levítico - Bíblia de Estudo de Genebra.BAGGIO, SANDRO – Material disponibilizado pela internet (pastor do Projeto 242 em São Paulo).FAGURY, SAMUEL LIMA – Material disponibilizado pela internet.CRUZ, VLADMIR BARBEIRO DA – Material disponibilizado pela internet. Textos encontrados em vários sites da Internet.

Rodrigo Joubert é proprietário do Studio “Toast Body Art”, em Belo Horizonte – MG. Estudou Teologia no Seminário Teológico Evangélico do Brasil – STEB, com especialização em Grego pelo Departamento de Línguas Clássicas da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG e pastoreou a Igreja Batista Nova Aliança, em Nova Lima, Grande BH.
Atualmente faz parte da Comunidade Caverna de Adulão.



































igreja NÃO!

Não são construções feitas por mãos humanas.

Não são nomes em paredes ou placas.

Não significa, também, não termos nomes em paredes ou placas.

Não tem endereços.
Não tem donos.
Não tem fundadores.
Não tem estatutos.
Não tem CGC.
Não é pra freqüentar.
Não é um clube.
Não é uma Organização.
Não é exclusiva.
Não é pra controlar vidas.
Não é pra buscar "Benção".
Não tem liturgia.

ELA é constituída de pessoas, construções e edifícios vivos.
ELA não tem nome, pois alguns dos termos igreja, que quer dizer EKKLESIA (em grego), significa: chamados para fora, porém era, também, a nomenclatura greca-judaica, herdada sociologicamente e adotada secularmente (a milhares de anos) para referir-se ao um ajuntamento de pessoas com fins em comum. Jesus Cristo, O DIVISOR DA HISTÓRIA, faz referência à "igreja", em seu SIGNIFICADO (essência) e não em seu SIGNIFICANTE (materialidades ou localidades). Porém seu maior significado não é, também, "não ter um nome" e vir tornar-se a "bandeira dos sem bandeiras", possibilitando a revitalização do ciclo de vaidades camuflado em nosso coração enganoso. O que sempre fará a diferença em uma sociedade descrente das diversas formas de ajuntamentos (em sua maioria) carregados de mesmíces e fins em si mesmos, será a busca incessante por VIVENCIAR o SIGNIFICADO ESSENCIAL e SIMPLES do AJUNTAMENTO ESPONTÂNEO de PESSOAS QUE SE ACEITAM, SE PERDOAM E BUSCAM AMAR-SE UMAS AS OUTRAS, PROJETANDO O AMOR RECEBIO À SOCIEDADE, SEM PEDIR NADA EM TROCA, e por fim, entendendo que os espaços físicos e geográficos serão sempre mais uma consequência do AMOR vivenciado. As geografias e os relevos sempre servirão o curso do rio e não o contrário.

O SIGNIFICADO DELA é manifesto onde estiverem 2 ou 3 reunidos no nome DELE.
ELA pertence tão somente a ELE, que é o NOIVO e o CABEÇA.
ELA não foi fundada, mas estabelecida por Jesus Cristo no coração da humanidade.
Suas leis, princípios e valores estão todos contidos na ESSENCIALIDADE do VERBO que SE ENCARNOU manifestando atos de BOAS e NOVAS ao mundo, nos ensinando o mesmo proceder.
ELA não avalia indivíduos pela freqüência nos cultos feitos em reuniões, mas pela vivência cotidiana nos encontros na caminhada humana, visto que não existe significância em culto algum, se não houver culto na existência de cada um.
ELA não precisa de uma carteirinha para validar sua filiação, pois seu valor e registros estão no sangue, DELE, que foi derramado pela humanidade.
ELA é um Organismo Vivo.
ELA é toda Inclusiva.
ELA foi constituída para gerar vida na sociedade.
ELA é pra ser Benção.
SUA liturgia é como a vida: livre e imprevisível.
ELA é transcendente, pois transcende a cultura, contextos e história da humanidade.
ELA foi gerada ANTES DA FORMAÇÃO DE QUALQUER ÁTOMO.

Por José Luiz de Abreu e Heber de Oliveira.