quinta-feira, 29 de abril de 2010

"O Amor não se alegra com a injustiça ..."

CONVIDAMOS VOCÊ A PARTICIPAR DA MOBILIZAÇÃO  ATRAVÉS DE UMA PASSEATA QUE ACONTECERÁ DIA 18 DE MAIO, SAÍNDO ÀS 9 HORAS DA MANHÃ, DA PRAÇA DO FÓRUM! 

Mais um dia de vida, mais uma oportunidade que ELE nos concede de servirmos na sociedade materializando nossas "belas palavras". Então, saiamos da letargia, da zona de conforto e nos encontremos nos perdendo em virtude dos pequeninos. Levantemos da "abundância do sofá" e prossigamos no caminhar. Relembrando, que o chamado do Mestre foi pra írmos e não pra o ficarmos.

Será muito bom! Um forte abraço em todos!


hebreu
 



O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes – 18 de maio – é um dia de reflexão nacional sobre o abuso sexual contra crianças e adolescentes. Instituído pela Lei Federal nº 9970/00, a data foi escolhida em razão do crime que comoveu todo o Brasil, conhecido como “Crime Araceli”, nome de uma menina de apenas oito anos de idade que foi estuprada e cruelmente assassinada em Vitória (ES), em 18 de maio de 1973.


Segundo a médica e psicanalista, Soraya Hissa de Carvalho, o abuso sexual é caracterizado por pensamentos e fantasias eróticas ou atividades sexuais com crianças, o que é denominado de pedofilia.


O pedófilo normalmente é uma pessoa conhecida da vítima pela maior facilidade de envolver e controlar a criança. “Esta pessoa, em geral, é alguma figura de quem a criança gosta e em quem confia. Por isso, quase sempre acaba convencendo a criança a participar desse tipo de ato por meio de persuasão, recompensa ou ameaça”, afirma a médica.


O indivíduo que comete pedofilia é aparentemente normal, inserido na sociedade, mas que mantém preservadas as demais áreas de sua personalidade. “A pedofilia é encontrada em pacientes que têm sua estima bem baixa e sofrem de transtorno grave do narcisismo. A atividade sexual com crianças é uma maneira de manter elevada sua frágil auto-estima. No entanto, provocam dano irreparável à criança”, explica Soraya.


Segundo a psicanalista, as principais seqüelas do abuso sexual são de ordem psíquica, sendo um relevante fator na história da vida emocional, psicossocial e causador de transtornos psiquiátricos da vítima quando adulto.


As reações das crianças que sofrem abuso diferem com a idade e com a personalidade de cada uma, bem como com a natureza da agressão sofrida. “A criança vítima de abuso sexual normalmente desenvolve uma perda violenta da auto-estima, tem a sensação de que não vale nada e adquire uma representação anormal da sexualidade. Ela pode ainda se tornar muito retraída, perder a confiança em todos os adultos e chegar até a considerar o suicídio. E o pior de tudo, a criança pode se transformar em adulto que também abusa de outras crianças”, alerta a psicanalista.


Os pais e familiares devem ficar atentos a essas mudanças de comportamento repentinas das crianças, pois na grande maioria das vezes, as vítimas de abuso são convencidas pelo abusador de que não devem dizer nada a ninguém. “A primeira intenção da criança é, de fato, avisar a alguém sobre seu drama, mas, em geral, nem sempre ela consegue fazer isso com facilidade, apresentando um discurso confuso e incompleto. Por isso os pais precisam estar conscientes de que as mudanças na conduta, no humor e nas atitudes da criança podem indicar que ela é vítima de abuso sexual”, ressalta.


O melhor tratamento, segundo a médica, é o acompanhamento da vítima por um profissional que o ajudará a recuperar sua auto-estima, a lidar melhor com seus eventuais sentimentos de culpa sobre o abuso e a começar o processo de superação do trauma. Já o agressor deve ser punido conforme a lei, além de receber um tratamento psicológico.


A violência sexual contra crianças e adolescentes é um fenômeno que ocorre em todas as classes sociais e em escala mundial. Dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância apontam que cerca de um milhão de crianças são vítimas de violência sexual no mundo a cada ano. Um exemplo ocorrido no Maranhão é o caso dos meninos emasculados, em que 42 crianças foram violentadas e depois mortas. O fato mobilizou a comunidade internacional.


DISQUE DENÚNCIA: 100 
Para incentivar as denúncias dos casos de violência sexual, foi criado o Disque Denúncia Nacional de Abuso e Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes. Discando o número 100, de abrangência nacional e gratuito, podem ser feitas denúncias de violência sexual praticadas contra crianças e adolescentes, que são encaminhas às autoridades competentes, preservando o anonimato do autor da ligação.

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